Às vezes penso nos motivos pelos quais a cultura cigana consegue sobreviver a tanto tempo sem nunca ter sido registrada em documentos, apenas passada entre os seus..... e depois de muito ler e tentar entender, vejo que o sentido disso tudo é a constituição da família, algo que está se tornando cada vez mais difícil de entender, ante os desafios do mundo moderno.
Para os ciganos, “A família constitui o núcleo básico de toda e qualquer sociedade e quanto mais forte, harmonioso e unido for este núcleo, por extensão, mais sólida e bem estruturada será a sociedade onde ele está inserido. Os ciganos veem cada família como uma célula-mãe que contribui para formar um grupo. A família representa a unidade que, juntando-se a outras, forma o clá, que para ser respeitado como um todo deve respeitar suas unidades constituintes. Com certeza é este profundo sentido de composição familiar que tem preservado vivo e unido o povo cigano ao longo dos séculos, não permitindo inclusive que este sentido se contamine e se degenere com acontecimentos cada vez mais comuns em nossos dias como a separação entre casais, afastamento de filhos. Este caos familiar não acontece, às custas de esforço e trabalho amoroso e perseverante dos ciganos, para que sempre possa reinar tranquilidade na família. (Ciganos, os filhos mágicos da Natureza – Rosaly Mariza Schepis)”.
Saibamos respeitar nossa família: as mães, por sua capacidade infinita de amar, se doar e perdoar; os pais, pela liderança e segurança que transmitem; as crianças, por serem elas o futuro e a perpetuação do que ensinaremos e sobretudo os mais velhos, por sua experiência e exemplos.
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